Viver um ano à custa dos outros



É esse o pensamento que os maus pagadores têm: «viver um ano à custa dos outros». São candidatos que pretendem arrendar uma casa e que não tencionam pagar as rendas ou que pagam um número de meses, mas depois começam a contrair dívidas sem ter a capacidade de as poder liquidar.

Este problema é um dos principais receios e preocupações dos proprietários quando pretendem colocar o seu imóvel no mercado de arrendamento. Os incumpridores profissionais existem e se o proprietário não tomar as medidas preventivas adequadas, corre o risco de lhes arrendar o seu apartamento e de lidar com a morosidade da justiça perante este tipo de litígios.  

 

 

Como age um incumpridor profissional?

Um incumpridor não tem um perfil determinado, nem idade ou uma zona preferida, nem sequer um preço da renda ajustado à sua capacidade, apenas quer arrendar um imóvel. Se dar com um inquilino devedor é um dos seus maiores receios, deixamos-lhe neste artigo algumas pistas da forma em como age:

Primeiro mês, atraso no pagamento da renda:

Já passaram uns dias do prazo estipulado para o pagamento da renda. O senhorio deu ainda um tempo extra de cortesia. Mas a renda continua em atraso. Decide então ligar para o arrendatário quem começa por contar ao proprietário que teve alguns problemas e que não se preocupe, pois em breve vai pagar a renda. O proprietário compreende a situação e confia no inquilino.

Quarto mês, telemóvel desligado ou «sem som»:

Já lá vão três meses e o proprietário continua sem receber a renda do primeiro mês, mas não só. Agora tem acumulados os três últimos meses do arrendamento em atraso. Mas a situação é mais difícil. O proprietário volta a entrar em contacto com o inquilino, mas o telemóvel está desligado, sem rede. Durante essa semana o senhorio continua a insistir, mas ninguém lhe atende ao telefone que lhe deram como dado de contacto. Então o proprietário começa a encontrar a situação um pouco estranha e pensa que o seu arrendatário não quer falar com ele.

Quinto mês, porta fechada:

Chegou o momento de ir bater diretamente à porta para ver se está tudo bem e o porquê desta situação (atrasos e incumprimentos constantes). O proprietário vai até a porta da sua casa, chama de forma insistente, escuta o cão lá dentro, ouvem-se barulhos, mas, ninguém lhe atende. Chegados a este ponto, o proprietário continua sem receber nenhuma das rendas desde que arrendou o imóvel. Começa então a pensar que isto não aconteceu por causa de algum imprevisto grave, mas sim porque alugou a casa a um incumpridor profissional.   

Sétimo mês, ação de despejo:

Depois de lhe ter enviado as comunicações necessárias e de continuar sem receber resposta, o proprietário recorre a um advogado especializado em arrendamento habitacional. Conta-lhe o caso e o profissional do direito pede ao senhorio a documentação relativa ao arrendamento do apartamento (contrato, escritura de imóvel…) para poder iniciar a ação de despejo e solicitar as rendas em atraso bem como o pagamento das mesmas através de uma contestação judicial. Ato contínuo, chega o momento de o proprietário pagar os honorários judiciais que corresponderem (taxas, advogados, tramitações…).

Nono mês, processo judicial também em atraso:

Muitos euros e quase um ano gastos para que o incumpridor profissional recebesse a comunicação especial de despejo. Mesmo assim, o incumpridor profissional tem ainda mais uma jogada preparada para continuar a viver à custa do proprietário: solicitar um advogado e apoio jurídico gratuitos. Desta forma, irá atrasar mais um tempo a efetividade da ação de despejo.

Décimo segundo mês, desistir e preferir que a situação fique como está:

O proprietário só já quer que o incumpridor profissional saia do seu imóvel. Então decide chegar a um acordo com o mesmo, pois o senhorio sabe que o incumpridor profissional, em situação de sobre-endividamento, irá solicitar a declaração de insolvência. Sendo que acabará por abandonar o imóvel, mas, desta forma, o proprietário não cobrará nenhuma das rendas em atraso e que não lhe foram pagas durante a duração do arrendamento e deste processo.

Por fim, consegue entrar de volta no seu imóvel, mas encontra tudo em mau estado, sujo, mobília danificada, etc. E assim foi da forma em como saiu o incumpridor profissional da casa do senhorio, sem pagar e entregando ao proprietário uma casa totalmente diferente daquela que alugou. Tendo como desafio repetir o processo com outro proprietário que ainda não conhece como tomar medidas preventivas para evitar alugar a casa a candidatos disfarçados de bons pagadores.

Medidas preventivas: evitar incumprimentos e alugar com segurança

Anda na moda entre os proprietários recorrer a seguros de rendas. Mesmo que seja uma prática comum, não é desta forma que se evitam os incumprimentos no pagamento de rendas. Os seguros, de modo geral, foram criados para cobrir acidentes, não para proteger o proprietário. Por isso, não resultam efetivos perante incumprimentos e proteções jurídicas.

Na Aluga Seguro aconselhamos a quem tiver pensado em colocar o seu imóvel no mercado de arrendamento que tenha a certeza de conhecer a situação económica e laboral (recibos de vencimento e se trabalha ou não), pois o senhorio, provavelmente, queira conhecer se o seu futuro inquilino se encontra numa situação estável que lhe permita arrendar uma casa. Por fim, pode tentar averiguar se ainda tem alguma dívida do passado por pagar.

Contudo, se aquilo que desejar o proprietário é usufruir de um arrendamento seguro e sem preocupações destas, a melhor opção é optar pela Aluga Seguro. Nós seremos os encarregados de estudar e analisar a capacidade financeira do candidato. Queremos encontrar o inquilino perfeito para si que, mais além de ser um inquilino comprometido com os seus deveres económicos e ajustado ao perfil que o senhorio deseja (estudante, casal, casal com filhos, sem animais de estimação…), trate da casa como se fosse dele próprio.  





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