
24/06/2025
Nos últimos anos, os apoios à habitação têm sido uma ferramenta importante do Estado português para mitigar as dificuldades no acesso à habitação, sobretudo para inquilinos.
No entanto, muitos senhorios também são impactados por estas medidas, muitas vezes de forma ambígua. Para quem investe no arrendamento de imóveis, entender as vantagens e os riscos destes apoios é essencial para uma gestão eficaz e segura do seu património.
Como funcionam os apoios à habitação para inquilinos
Programas como o Porta 65, o Arrendamento Apoiado ou o Programa de Apoio ao Arrendamento são direcionados a pessoas e famílias com rendimentos baixos ou moderados.
O Estado comparticipa uma parte da renda, reduzindo o encargo do inquilino. Isto pode ser visto, à primeira vista, como uma vantagem para o senhorio, pois teoricamente garante maior regularidade no pagamento das rendas.
Contudo, é fundamental verificar os critérios e exigências legais de cada programa. Em muitos casos, a adesão implica contratos com cláusulas específicas, prazos rígidos ou até mesmo valores máximos de renda, o que pode limitar a liberdade contratual dos senhorios.
Benefícios aparentes para os senhorios
- Maior estabilidade contratual: inquilinos apoiados por programas estatais tendem a manter-se nos imóveis por mais tempo, o que pode reduzir a rotatividade e os custos associados à mudança de inquilinos.
- Possível garantia de pagamento: em alguns casos, o apoio financeiro é transferido diretamente para o senhorio, assegurando uma parte do valor da renda.
- Redução do risco social: contribuir para a inclusão habitacional pode valorizar a imagem do senhorio, especialmente em zonas urbanas com pressão mediática.
Mas nem tudo são vantagens...
Apesar das promessas de segurança e estabilidade, os apoios à habitação também escondem algumas armadilhas.
Uma das mais críticas é a burocracia envolvida, que exige documentação extensa, prazos de resposta prolongados e pouca flexibilidade caso ocorra uma alteração contratual.
Outro ponto sensível é a morosidade na transferência dos subsídios. Mesmo quando o apoio é atribuído diretamente ao senhorio, há registos de atrasos que podem comprometer a tesouraria de quem depende do arrendamento como fonte de rendimento.
Além disso, os valores máximos permitidos em certos programas podem estar abaixo do valor de mercado, tornando a operação economicamente desvantajosa.
Esta discrepância é especialmente relevante em cidades com alta procura e preços elevados, como Lisboa ou Porto.
A importância da seleção criteriosa de inquilinos
Num mercado com tantos riscos potenciais, a chave para garantir rendas seguras está na escolha rigorosa dos inquilinos. Aqui, destaca-se o trabalho da Aluga Seguro, que se tornou uma referência no setor imobiliário da Península Ibérica.
Com mais de 76.000 contratos formalizados, a empresa garante a cobrança pontual da renda no dia 5 de cada mês, assegurando uma taxa de incumprimento de 0%.
O segredo? Um estudo de solvência completo de cada candidato, com acesso aos ficheiros de devedores da Península Ibérica. Este processo evita morosidades e protege os senhorios de surpresas desagradáveis.
Além disso, a Aluga Seguro disponibiliza ferramentas digitais para gestão remota e anónima dos imóveis, o que poupa tempo e reduz o stress da administração direta.
O impacto na rentabilidade do investimento imobiliário
Os senhorios devem considerar os apoios à habitação como parte de uma estratégia mais ampla. Inserir um imóvel num programa estatal pode fazer sentido em zonas de menor procura, onde garantir ocupação contínua é mais importante do que maximizar a renda.
Por outro lado, em áreas valorizadas, com grande rotatividade e inquilinos com maior capacidade económica, pode ser mais vantajoso optar por arrendamentos no mercado livre.
Nestes casos, alternativas como alugar casa mobiliada podem aumentar a rentabilidade e atrair perfis mais sólidos. Para explorar essa possibilidade, veja aqui as vantagens de alugar casa mobiliada.
Apoios exigem conhecimento legal e acompanhamento constante
A legislação habitacional em Portugal está em constante evolução. As medidas aprovadas num ano podem ser revogadas ou alteradas no seguinte. Por isso, é essencial que o senhorio mantenha-se atualizado ou conte com assessoria profissional.
A falta de informação pode levar a decisões mal calculadas, resultando em contratos desvantajosos ou litígios.
Também é crucial compreender o que é preciso para alugar uma casa dentro da legalidade, respeitando os direitos e deveres tanto do proprietário quanto do inquilino. Isso evita sanções e garante um arrendamento equilibrado.
O equilíbrio entre o apoio social e a proteção do investimento
Por fim, importa sublinhar que, apesar das boas intenções dos programas públicos, o equilíbrio entre apoio social e proteção do investimento privado nem sempre é atingido.
O ideal seria um sistema que oferecesse incentivos reais aos senhorios, como benefícios fiscais ou garantias públicas de pagamento, tornando o arrendamento a famílias com rendimentos mais baixos uma opção viável e atrativa.
Até lá, os senhorios devem avaliar caso a caso e, sempre que possível, contar com especialistas como a Aluga Seguro para garantir a segurança jurídica, financeira e operacional dos seus contratos de arrendamento.